quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Pra ti PAI


Olá pai, como tens passado?
Como deves perceber, quem te está a escrever este enorme bilhete, é o teu filho mais velho, aquele a quem tu chamas de “Leitão Grande”, e por quem tu tens um grande carinho, e que por vezes te sentes imensamente triste por não saberes nada de mim, ou por não estarmos juntos, devido a diversas razões, tanto tuas como minhas.
E para começar a tornar as coisas mais claras sobre aquilo que eu expressei na introdução deste longo texto, vou ser franco e directo com as palavras que de seguida vou escrever.
Pai, espero que tu como pessoa bastante humana, compreensível, etc, que és, percebas que isto que eu te pretendo demonstrar como teu filho que sou e de algum modo me orgulho de ter um pai como tu, que isto não são coisas fáceis de dizer. Assim sendo, eu como já te tinha dito em certas ocasiões em que temos estado juntos, de que eu continuo a debater-me com diversos problemas, e desde já digo que nada nem nenhum já se coincide com o divórcio entre ti e a mãe.
Todos estes problemas se debruçam meramente sobre a minha pessoa, que tão defeituosa é.

Eu aquilo que sinto dentro de mim é uma total instabilidade física, emocional e sentimental, ou seja, nada daquilo que me rodeia, se consegue encaixar com o meu perfil de pessoa. Espero que com este curto parágrafo me tenha feito entender, porque cada tipo de sentimento e sensação que eu não consigo que me satisfaça pessoalmente, torna-se mais um factor negativo para eu poder obter estabilidade comigo próprio, isto é, sentir-me uma pessoa calma e sem criar qualquer tipo de macacos na minha cabeça, e quanto aos meus problemas de saúde, isso descansa profundamente, que não existe perigo nenhum, encontra-se tudo nos conformes.
Mudando de assunto, passando agora a falar sobre a minha carta de condução, e tu como já sabes, e eu fui o próprio a dizer-to na devida altura, ou seja, quando fui fazer os exames, o electroencefalograma e a ressonância magnética, em ambos os exames, qualquer um deles não dá sinais de espécie alguma de que me impeça de tirar a carta.
Contudo, existe um problema que me está a atrasar todo o processo médico, que é a ressonância magnética, porque quando eu fui levantar os exames, eles só tinham em poder deles o primeiro e passados alguns dias, apareceu o relatório do segundo, mas o exame em si não há meio de aparecer, e eu sem ele, não posso marcar a consulta para a neurologista, a pessoa que me mandou fazê-los.
E por último vem o assunto que maior dificuldade eu tenho em falar perante a tua pessoa, ou seja, é o assunto das férias, e no qual tu te vais sentir algo fragilizado com o que eu vou dizer, apesar de a tua decisão também ser a que mais prevalece, e que a pretendes defender a todo custo, devido a seres o meu pai.
Na verdade, aquilo que eu quero que tu saibas, é que eu este ano, e isto, é o caso igual ao que aconteceu o passado, ou seja, eu novamente não quero ir de férias.
Para te dar a perceber a minha decisão, que já vem ganhando forma à algum tempo e não quero que venhas a pensar que isto está relacionado com a tua ida a Faro e não me teres levado, disso podes estar de consciência tranquila, porque isso já saiu da minha cabeça.
Eu não vou de férias, porque não me sinto com vontade alguma para as ter, necessito de encontrar outro tipo de coisas que me façam sentir bem comigo mesmo. Entendes?
Como tal, aquilo que o teu filho vai fazer durante todo o mês de Agosto, é sim trabalhar, sim leste bem o que eu disse, e também não quero que tu venhas a ter pensamentos de que a minha não ida de férias, esteja relacionada com a Jacinta e com o Ricardo, porque isso é pura mentira, e aquilo que eu disse umas linhas acima, foi uma opção minha.
Agora espero também saber a tua reacção de um modo correcto.

beijinhos do teu filhote grande,

Kiko

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